Neida Lúcia Moraes

3ª ocupante

Nasceu em Vitória, ES, em 12 de junho de 1929. Desde menina revelou inclinação para as letras, escrevendo histórias infantis e poemas que recitava na escola. Diplomou-se em História pela UFES e tem dedicado os seus estudos a um aprofundamento contínuo dos fatos que marcaram o conjunto da história das civilizações. Sempre se dedicando, principalmente, a uma busca constante, a um melhor e maior aprimoramento da História do Brasil, causas e consequências, interligações com os acontecimentos do seu estado natal, o Espírito Santo, Neida Lúcia Moraes foi professora da UFES e ocupou cargos de destaque na administração pública, como diretora do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação, diretora da Biblioteca Pública Estadual, chefe da Divisão de Ciências Humanas e Literatura do Departamento Estadual de Cultura, além de membro do Conselho Estadual de Cultura, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e da Academia Espírito-santense de Letras. É também sócia da Sociedade Portuguesa de Estudo do Século XVIII e da Academia de Letras de Cascais. Romancista de sucesso, costuma abordar a história como pano de fundo de seu trabalho ficcional. Seus romances atingem edições sucessivas e já são traduzidos em países europeus. Colecionadora de títulos, diplomas, prêmios nacionais e internacionais, é constantemente convidada para ministrar cursos e proferir palestras no exterior. Foi a segunda mulher a ingressar na Academia Espírito‑santense de Letras.  Publicou: Olhos de ver (romance, Rio, Editora Pongetti, 1967), obra premiada pelo Instituto Nacional do Livro; Sete é número ímpar (romance, com prefácio de Austregésilo Athayde, Rio, Artenova, 1971); O Espírito Santo é assim (panorama históri­co, econômico e geográfico do estado, Rio, Artenova, 1971); Espírito Santo, esta é a sua terra no Brasil, obra adotada em toda a rede oficial de ensino do 1º grau, além de artigos e crônicas estampados na imprensa de sua cidade. Publicou mais recentemente os romances: O mofo no pão, 1984, O sentido da distância, 1985 e À sombra do holocausto, 2010, uma reunião dos dois anteriores. Tem 15 livros publicados, além de crônicas e artigos em jornais do estado e Lisboa, Portugal. Colecionadora de títulos, diplomas, prêmios nacionais e internacionais, é constantemente convidada para ministrar cursos e proferir palestras no exterior. Em 1998, seu romance O mofo no pão foi traduzido para o romeno e a autora convidada para o lançamento que aconteceu em Bucareste, numa tarde movimentada e festiva. Selecionada em concurso, teve o último livro À sombra do holocausto traduzido para o inglês e o espanhol. Está sendo vendido em mais de 100 países pelo Itunes e Amazon.

 

Lourival de Paula Serrão

2º ocupante

Nasceu em Iconha, ES, em 08 de janeiro de 1906. Bacharelou‑se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Vereador pelo município de Iconha em 1935, tendo sido, dois anos antes, nomeado juiz distrital do mesmo município. Exerceu, na Junta de Conciliação e Julgamento de Cachoeiro de Itapemirim, onde residiu por muitos anos, as funções de juiz classista, de 1962 a 1976. Ocupou, durante 20 anos, a presidência do Conservatório de Música de Cachoeiro, cabendo‑lhe a reorganização, ali, da Sociedade Musical “26 de julho”, ainda em plena atividade, o que lhe valeu o diploma de benemérito, conferido em 03 de setembro de 1960. Diretor do Departamento de Turismo e Promoções do município de Cachoeiro de Itapemirim, tendo sido, nessa cidade, redator‑chefe do bi‑semanário Jornal Capixaba, colaborando, assiduamente, nos jornais O Momento, Arauto e Correio do Sul. Pertenceu à Academia Cachoeirense de Letras e a outras entidades congêneres do país. Publicou: Retalhos da vida (crônicas, 1954); Luz e sombras (poemas, 1967); Iriri, uma cidade que eu vi nascer (monografia, 1972). Deixou inéditos: O profeta da ponte, contos; Cachoeiro, crônicas; A moça da ilha, novela, entre demais trabalhos. Faleceu em Cachoeiro de Itapemirim, em 1984.

 

Sezefredo Garcia de Rezende

1º ocupante

Nasceu em Lage de Muriaé, RJ, em 07 de abril de 1897. Desde cedo manifestou seu pendor para o jornalismo, tendo fundado, em Cataguases, com Humberto Mauro e outros rapazes da mesma geração, o Grêmio Literário Belmiro Braga. Logo depois, com Camilo Nogueira da Gama, depois professor e senador da República, lançou o semanário A Luta, ocasião em que, em plena campanha modernista, ali se fundou a revista Verde, com a participação de seu primo, o poeta Enrique de Rezende. Em 1918, transfere‑se para o Espírito Santo, passando a trabalhar, como professor, na escola pública de Boa Família, hoje Itaguaçu. Em Vitória, a partir do governo de Nestor Gomes (1920/1924), é redator do Diário da Manhã, onde se tornaram populares as crônicas que estampava nas colunas deste jornal, sob o título “Notas ligeiras”, publicando, por esse tempo, dois livros: Fogo de palha (contos, Vitória, Oficinas do Diário da Manhã, 1921) e Os outros (contos, com capa de Correia Dias, Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos, 1922). Em 1921, com Elpídio Pimentel e Alarico de Freitas, funda a Academia Espírito‑santense de Letras. Ainda em Vitória, além de sua ininterrupta atividade jornalística, foi oficial de gabinete do presidente Nestor Gomes, lecionou no Ginásio do Espírito Santo e na Escola Normal Pedro II, tendo exercido, no governo de Aristeu Borges de Aguiar (1928‑1930), o cargo de inspetor escolar, ficando à disposição do gabinete do secretário da Instrução do Estado, Dr. Attílio Vivacqua, este um dos idealizadores e organizadores da Escola Ativa, implantada com a reforma do ensino. A revolução de 30, desde os seus pródomos, viria marcar, no entanto, para Garcia de Rezende, novos rumos, na trajetória da vida. Perdendo, por completo, sua posição empregatícia, por não ter sido revolucionário, transporta‑se para o Rio, onde passa a trabalhar, desde logo, no Diário de Notícias, sob a direção de Nóbrega da Cunha, seu dileto amigo, trabalhando, em seguida, nos Diários Associados, a convite de Assis Chateaubriand, onde desempenhou importantes missões como jornalista de escol. Faleceu em Valença, RJ, em 06 de outubro de 1978. Em 1981, publicou‑se, de sua autoria, Memórias (1897‑1978).

 

João Motta

Patrono

Nasceu em Cachoeiro de ltapemirim, em 1881. Em sua cidade, onde sempre viveu, fundou o Alcantil, jornal de alguma influência no desenvolvimento cultural da região, sendo que, em 1906, teve empastelado, por motivos políticos, o jornal O Cachoeirense, por ele dirigido. Em 1910 funda, com Antônio Vieira da Cunha, Benjamin Silva e Belisário Vieira da Cunha, a revista mensal literária Álbum, aí travando “interessantes polêmicas filológicas, pondo a nu os seus grandes conhecimentos literários”. Colaborou, ainda, em O Martelo, folha cachoeirense, fundada e dirigida por Antônio Vieira da Cunha. Faleceu em 14 de fevereiro de 1914. Não deixou livros publicados. Patrono da cadeira nº 18 da Academia Cachoeirense de Letras.

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