João Baptista Herkenhoff

2º ocupante

Nasceu em Cachoeiro de ltapemirim, ES, em 19 de junho de 1936. Diplomou‑se em Direito pela UFES, em 1958, tendo feito mes­trado na PUC do Rio de Janeiro e pós‑doutoramento na Univer­sidade de Wisconsin e na New York University. Advogado atuante. Professor da UFES. Foi promotor de Justiça, juiz do Trabalho e juiz de Direito. Fundador e primeiro presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória. Publi­cou: Na tribuna do Ministério Público (Cachoeiro de Itape­mirim, Editora Marcho, 1965); A função no interior (São Paulo, Resenha Universitária, 1967); Como aplicar o direito (Rio de Janeiro, Forense, 1979, trabalho revisado e ampliado, já agora com várias edições); Como participar da Consti­tuinte (Petrópolis, Vozes, 1985, já reeditado); Conside­rações sobre o novo Código de Processo Civil (Rio Grande do Sul, Associação dos Juízes, s.d.); 1000 perguntas: Introdução à ciência do Direito (Rio de Janeiro, Editora Rio, 1982); Introdução ao estudo do Direito (Campinas, Jules Livros, 1987); Constituição e Educação (Petrópolis, Vozes, 1987); Crime ‑ tratamento sem prisão (Petrópolis, Vozes, 1987); Cursos de Direitos Humanos (São Paulo, Acadêmica, 1994); Justiça, direito do povo (Rio de Janeiro, Thex, 2000); Fundamentos de Direito: Visão panorâmica do universo jurídico (Rio de Janeiro, Forense, 2000); A cidadania (Manaus, Valer, 2000); Direito e Utopia (São Paulo, Acadêmica, 1993); Direitos Humanos. A construção universal de Utopia. (Aparecida, Santuário, 1997); Ética, Educação e Cidadania (Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2001); Ética para um mundo melhor (Rio de Janeiro, Thex, 2001); Direitos Humanos. Uma ideia, muitas vozes. (Aparecida, Santuário, 1998); Escritos marginais de um jurista (Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2005); Escritos de um jurista marginal (Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2005); Os novos pecados capitais (2007); Dilemas de um juiz. A aventura obrigatória (2009).

 

Aristóbulo Barbosa Leão

1º ocupante

Nasceu na Serra, ES, em 06 de junho de 1887. Cursou humanidades, como seminarista, no Colégio São Vicente de Paulo, sob a direção dos padres lazaristas, em Petrópolis. Em 1913, fundou, em Vitória, com Miguel e Kosciuszko Barbosa Leão, seus irmãos, o Ginásio São Vicente de Paulo, que viria a ser um dos mais conceituados da cidade, sendo que, quando já diretor desse estabelecimento de ensino, submeteu‑se, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, a exames parcelados das matérias que compunham o curso secundário, visto não reconhecidos, oficialmente, os estudos antes realizados em Petrópolis. Logrou, então, ser aprovado em todas as disciplinas, com distinção plena, causando admiração aos examinadores, tantos os conhecimentos humanísticos revelados pelo candidato. Aristóbulo Barbosa Leão firmou nome, no Espírito Santo, como um de seus maiores educadores, sendo que, pouco antes de falecer, doou à Prefeitura Municipal de Vitória o prédio e todos os demais pertences do colégio que, ora dirigido pela municipalidade, conserva o nome do santo patrono, por exigência do saudoso doador. Foi professor de Francês e Matemática. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.  Publicou: Não choreis, amigos (ensaio filosófico, 1920); Alocução pedagógica (1921); e Do país da sombra para o país da luz - Padre Carlos Calleri (1927), além de artigos e ensaios estampados na imprensa. Foi também autor de diversos hinos escolares. Morreu em Vitória, em 28 de maio de 1974.“O conjunto de suas produções permite fixar a linha do seu pensamento: acreditava em Deus; visualizava a vida terrena (sombra) em contraste com a vida depois da morte (luz); entendia a natureza como mestra; realçava os valores da solidariedade, da união, da harmonia, da fraternidade e tinha o amor como síntese da virtude; (...) pensava que cada pessoa devia crescer segundo a própria medida; julgava que todos os seres do universo estavam unidos numa só cadeia.” (In: Discurso de posse de João Baptista Herkenhoff, na AEL, em 06/06/1977).

 

Dom Fernando de Souza Monteiro

Patrono

Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, ES, em 1866. Estudou no Colégio do Caraça, em Minas Gerais, tendo-se ordenado sacerdote lazarista, após curso concluído em Paris, na França. Tomou posse na direção da Diocese do Espírito Santo, a 09 de março de 1902, sendo o segundo bispo a ocupar este cargo. Fundou, em Cachoeiro de Itapemirim, o Colégio Diocesano, dirigido pelos padres do Verbo Divino, destinado a tornar‑se um instituto de Artes e Ofícios, com internato e externato, o que muito contribuiu para a educação da juventude, no sul do Estado. Em Vitória, preocupando‑se pela ampliação e aprimoramento da instrução, remodelou o Colégio do Carmo (Colégio Nossa Senhora Auxiliadora), criou o Orfanato Santa Luzia, para meninas, devendo‑se‑lhe, ainda, a instituição de outras obras de caráter assistencial. Faleceu, na cidade do Rio de Janeiro, onde se encontrava em tratamento de saúde, a 23 de março de 1916, tendo sido sepultado em Vitória, na capela do Colégio do Carmo, a que tanto ajudara. Homem de fé, cônscio de suas responsabilidades de prelado, procurou reformar o espírito do clero e povo espírito‑santenses, convocando‑os a uma vida mais cristã, isto é, mais afeita aos dogmas da Igreja, o que lhe trouxe sérios aborrecimentos, segundo informa a sua autorizada biógrafa, a Sra. Maria Stella de Novaes, cujo livro Um bispo missionário, com prefácio de Dom Aquino Correa, recebeu o Prêmio José Veríssimo da Academia Brasileira de Letras, em 1952. Publicou: A devoção do Espírito Santo e de Nossa Senhora da Penha (1901), e O Papa e a Encíclica et Supremi Apostalatus Cathedra (1904), além de artigos doutrinários estampados na imprensa espírito‑santense.

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